5 anos depois…. Tudo mudou, e tudo é a mesma coisa.
Quando interrompemos este blog há cinco anos, não podíamos imaginar que a Montfort seguiria o rumo que o tempo lhe permitiu tomar. A fome de poder de seus líderes, bem como a disputa pela bandeira da herança fedeliana, produziu uma das mais graves c
rises internas em sua história. Em 2013 havia uma Montfort liderada por uma viúva caprichosa e um discípulo sedento de poder. Cinco anos depois, da viúva emanou uma madre superiora, fundadora de um grupo que caminha a passos largos para se entregar à própria igreja que ela antes perseguiu. Bom caminho para alguns, mas caminho da perdição para a outra ala, que viu neste gesto a consumação de uma traição anunciada.
E do discípulo orgulhoso veio uma nova Montfort, mais adaptada, mais política (ou politiqueira), menos combativa. Em uma palavra, uma Montfort mais moderna, que reconhece ter problemas com a figura controversa de seu fundador e mestre, o extinto Orlando Fedeli. Zucchi mostrou-se capaz de notar que para sobreviver teria de se esforçar para dissimular seu caráter sectário.
Se, por um lado, Madre Ivone apossou-se da ala intelectual da Montfort, os mais obstinados (embora menos inteligentes, é verdade) foram deixados com Alberto Zucchi. Isso, em parte, fortaleceu sua liderança, pois é sempre mais fácil pastorear um rebanho bovino do que cavalos corajosos. Porém, paralelamente, ele teve de desistir das grandes controvérsias do passado, fazendo uma Montfort light. Basta olhar o site atual para compreender que pouco ou nada tem a ver com o site dos antigos tempos do Lutero do Brasil, Orlando Fedeli. Isso sim, dentro de suas fileiras, a linguagem desbocada se incrementou, acalentando a ilusão interna do progresso da Montfort.
Isso permitiu, a partir de 2018, que Alberto Zucchi pudesse realizar o seu plano para expandir todos os seus delírios de poder, mas… não percebeu ele ter deixado várias portas abertas dentro da sua nova Montfort. E, para um deles, acabou vazando o que acontecia entre suas paredes. Passou-se a perceber que está sendo aplicada a célebre frase do Príncipe de Salina, protagonista de O Leopardo (Il Gattopardo, G. T. Lampedusa, 1958) em meio às guerras pela unificação da Itália no século XIX: “É preciso que as coisas mudem para que tudo continue como está”.
Amigos, estamos de volta com novas informações sobre esta seita, hoje quase inexistente, mas não menos perigosa em seu veneno, que engana algumas pessoas de boa fé com a sua casca simuladora de catolicidade.
Aguardem novas informações… em breve.
Descobri este blog a umas duas semanas mais ou menos.
Que bom que teremos novidades…